1955
Publicado no livro “Poder Nacional, Cultura Política e Paz Mundial”
INTRODUÇÃO
Hoje vamos estudar a mesma noção de Poder que tratamos em outra conferência na qual abordamos o Poder Nacional – Seus Móveis, Interesses e Aspirações; Realismo e Idealismo Políticos, agora sob outro aspecto interno. Diríamos melhor, sob o seu aspecto estrutural.
Podemos dizer que, até aqui, a noção de Poder foi considerada tendo em vista, principalmente, a sua orientação para o exterior, isto é, a sua aplicação nos problemas da política externa; orientação para os fins do Estado, tais como eles se realizam através de uma ação ou de uma cooperação internacional.
Agora, vamos considerar, sobretudo, o Poder em seu aspecto interno, tal como se forma dentro da comunidade política, tal como se define segundo as várias formas estruturais admissíveis.
É portanto, o Poder como força permanente de comando na sociedade política o que interessa a esta dissertação. Não importa realmente que este Poder se dirija para a ação externa ou para a ação interna, já que não é possível, estruturalmente, diferenciar o Poder, conforme a sua orientação para os problemas exteriores ou para os problemas interiores, que ele é chamado a resolver.
De um modo geral, sabemos que o Poder se exerce sobre os indivíduos que, isoladamente, compõem os grupos políticos e sobre os grupos que se acham inscritos na órbita do Estado, e que o Estado se inclina a seus fins gerais ou aos interesses particulares que ele mesmo procura prover.
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