1962
Publicado no livro “Poder Nacional, Cultura Política e Paz Mundial”
PALAVRAS INICIAIS
Senhor Comandante, Senhores Parlamentares, Senhores Oficiais-Generais, Senhores Embaixadores, meus Senhores:
Minhas primeiras palavras hão de ser para associar-me à homenagem prestada há pouco à Marinha de Guerra, na passagem de 11 de junho. Para qualquer conferencista, esta homenagem poderia ser uma manifestação de apreço, mas destituída de toque pessoal. No que me diz respeito, entretanto, ela evoca a festa cívica em que, por assim dizer, formei a minha consciência, pois, desde os primeiros anos de minha infância, foi através do 11 de junho que aprendi a conceituar a glória das nossas Forças Armadas e a participar, com a emoção de membro, daquilo que hoje posso reverenciar com a plena consciência do homem formado. A Marinha de Guerra foi sempre, em minha vida particular e em minha vida pública, um objeto de grande devotamento. Associo-me de todo o coração a essa homenagem, elevando o meu pensamento aos grandes homens da Marinha.
Quero, em seguida, dizer da minha satisfação pelo fato de retornar, hoje, a este Auditório. Aqui, na Escola Superior de Guerra, vivi momentos de grande interesse e intensidade em minha vida de professor, em minha vida de estudioso, quer participando como ouvinte, quer proferindo conferências sobre temas diversos e recolhendo, deste magnífico ambiente de debates e de objetividade, subsídios para a formação do meu próprio pensamento.
O tema que hoje me traz a esta Escola é um tema de grande atualidade em nosso país, porque o grau de definição a que rapidamente chegamos em torno das linhas-mestre da política exterior do país despertou, como não poderia deixar de despertar, uma intensa controvérsia nacional.
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